A história remonta ao início da década de 1980, quando a sede do então município de Jacundá, localizado na região sudeste do Pará, ficava às margens do Rio Tocantins. O filme Garimpo Bar, dirigido por Amaury Pinheiro, será lançado nesta quarta-feira (18), no auditório da Praça CEU, com reapresentação na quinta-feira (19).
Amaury explica que o filme se passa no início dos anos 1980, período em que a construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí ameaça inundar a cidade de Jacundá, que vivia da extração de borracha e do garimpo de ouro e diamante no Rio Tocantins. Pouco tempo depois, a pequena cidade foi submersa pelas águas da represa da usina.
Sobre o enredo, o diretor conta que o protagonista é Zéca, um jovem garimpeiro que sonha em ficar rico e sair da miséria. Ele trabalha para o coronel Antônio, o homem mais poderoso e temido da região, que controla o comércio e a política local. Zéca se apaixona por Isaura, a prostituta mais bonita e cobiçada do Garimpo Bar, o cabaré da cidade. Ela também é objeto de desejo do coronel Antônio, que oferece uma fortuna para tê-la como amante exclusiva. Isaura, embora atraída por Zéca, tem medo de se envolver com ele e despertar a ira do coronel. Ao mesmo tempo, ela mantém a esperança de deixar a vida que leva e encontrar um amor verdadeiro.
O filme apresenta o conflito entre o amor e o dinheiro, a tradição e a modernidade, a resistência e a submissão. Também retrata os impactos sociais e ambientais da construção da hidrelétrica, que desalojou centenas de pessoas e submergiu parte da história e da cultura da Amazônia.
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